quarta-feira, maio 28, 2008

Poluiçao

Poluição

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POETA / JOSÉ CRAVEIRINHA











Falar de José Craveirinha, é falar de poesia. É falar de África. África sofrida, África suplicante, ansiosa de liberdade!

Escritor moçambicano, José João Craveirinha nasceu a 28 de Maio de 1922, em Lourenço Marques (actual Maputo). Filho de pai algarvio cuja família partira para Moçambique em 1908 em busca de fortuna, estudou na escola "Primeiro de Janeiro", pertencente à Maçonaria. Ainda adolescente, começou a frequentar a Associação Africana.
Foi jornalista durante muitos anos, tendo usado os pseudónimos de Mário Vieira, J.C., J. Cravo, Jesuíno Cravo, entre outros. Iniciou a sua carreira no jornal «O Brado Africano», e posteriormente trabalhou nos jornais «Notícias» e «Tribuna», colaborando com artigos sobre a cultura moçambicana.
Faleceu a 6 de Fevereiro de 2003, na África do Sul. Os seus restos mortais repousam na cripta da Praça dos Heróis, na capital de Moçambique.
Embora escrevesse como colaborador para vários jornais e revistas, sua primeira obra – Xibugo –, só saiu (Lisboa) em 1964. Cântico a um Deus de Catrane (Milão) em 1966. Karingana Ua Karingana (Maputo) em 1974. A Palavra é Lume Aceso (Maputo) em 1980. Entre outros.
Grande parte da sua poesia ainda se mantém dispersa na imprensa, não tendo sido incluída nos livros que publicou em ida. Outra parte permanece inédita e faz parte do seu volumoso espólio.
Apesar de a sua obra reflectir a influência dos surrealistas, é fortemente marcada por todo um carácter popular e tipicamente moçambicano. A sua poesia possui um carácter social que radica nas camadas mais profundas do povo moçambicano. Escritor de ligações afectivas com Portugal, foi-lhe atribuído o Prémio Camões em 1991 e recebeu condecorações dos presidentes de Portugal e de Moçambique, Jorge Sampaio e Joaquim Chissano respectivamente.Vice-presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, escritor galardoado com o prémio "Vida Literária" da Associação de Escritores Moçambicanos, foi homenageado no dia 28 de Maio de 2002, na sequência da iniciativa do governo moçambicano em consagrar o ano de 2002 a José Craveirinha.
José Craveirinha nasceu e morreu poeta, tendo oferecido à língua portuguesa durante os seus 80 anos de vida um estilo literário sem precedentes.

Poema apresentado, relacionado com o tema: “Grito Negro”.

Eu sou o carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
E tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!

Neste poema, Craveirinha retrata o trabalho braçal e o esforço do negro que trabalhava nas minas de carvão. Carvão que, embora extraído pelas suas mãos, só poderia ser utilizado pelo patrão. Para uso próprio e para vender, enquanto ele, o negro, não poderia servir-se dele, pois estaria sujeito a castigos severos.
Mas o poema também fala desse fóssil produzido pela Terra e que durante décadas abasteceu as centrais de electricidade que forneciam energia às cidades, ao mesmo tempo que enriquecia muita gente.

“Grito Negro” é, portanto, o retrato falado da escravidão do homem e quiçá do próprio fóssil.

terça-feira, maio 20, 2008

EB1 da Barata
Estrada dos
Pexiligais
2725 – Mem Martins Ex.mo Sr.
Presidente da
EDUCA
Rua Quinta do
Recanto
2725 – Mem Martins

Barata, 2008-05-14

Assunto: Limpeza do exterior e Eco-pontos

Ex.mo Senhor

Eu sou uma escola pequenina, sou frequentada por treze (13) meninos do primeiro (1.º) ao quarto (4.º) anos.
Apesar de muito antiga (“nasci” em 1964), continuo a ser muito bonita, com muito espaço de recreio, com árvores, jardim e uma pequena horta.
Os meninos gostam muito de mim, tanto que pedem aos pais para os trazerem até mim todos os dias e até querem cá almoçar.
Mas este ano sinto-me um bocado triste, porque o meu espaço exterior está sujo. E do outro lado da vedação que me separa das outras casas, está cheio de lixo, hera muito grande e as silvas já chegam ao meu espaço onde os meninos brincam. Para além de sujo, o meu espaço apresenta muitos perigos para os, meninos que correm de um lado para o outro e eles podem magoar-se…
Como eu só tenho uma auxiliar para cuidar de mim, ela não tem tempo para o fazer pois também tem que auxiliar a única professora que eu tenho. E o meu espaço ainda é grande…
Ora, num ano em que se fala tanto do ambiente, Sr. Presidente, venho por este meio pedir que ajude a minha auxiliar a cuidar do meu meio ambiente: limpando o exterior, escondendo os perigos e se possível, pondo eco-pontos. Porque só tenho um para os pacotes de leite.
Esperando por uma resposta mais ecológica,

Sou, com estima

CARTA DE PROTESTO

Cidade Maravilha
Província do Paraíso
Planeta Terra
2008-001 – Mundo À
População Urbana
Distrito dos Citadinos
Planeta Terra
2008-002 – Mundo

Cacém, 2008-05-20

Assunto: Protesto

População

Eu sou a Cidade.
Há muitos anos, quando nasci, eu era muito bonita. Tão bonita que me baptizaram com o nome que tenho hoje: Maravilha.
Apesar de ter nascido muito pequena e com poucas pessoas, durante muitos, mas muitos anos, eu mantive-me bonita, airosa, com muitos espaços verdes, muitos animais, cada um mais bonito que o outro. Dos pássaros, então, nem se fala. Tudo isso, graças às pessoas que cuidavam de mim.
Mas com o decorrer dos anos, eu fui obrigada a crescer à medida que a população aumentava. E com elas vieram outras maneiras de ser, de viver, outros hábitos, outros vícios… Por tudo isso, comecei a ter as minhas ruas sujas; os esgotos entupidos; os jardins deixaram de ter a relva viçosa como antes, porque os meninos começaram a jogar à bola; os pássaros começaram a escassear porque os mesmos meninos atiravam-lhes pedras.
Dirijo esta carta a toda a população como forma de protesto. Porque me sinto doente com tanto fumo no ar devido ao aumento de fábricas ao meu redor e ao aumento de carros. Sinto-me: muito cinzenta com tantos prédios altos, muito poluída, a degradar-me à medida que o tempo passa. Se continuar assim, pode haver uma catástrofe, e de Maravilha só restará o nome.
Por isso peço-vos: PRESERVEM-ME E SEJAM BONS PARA VOCÊS MESMO.

MEGACIDADES

As Megacidades


Dimensões Urbanas
Megacidades são áreas urbanas com mais de cinco milhões de habitantes. Estimam-se que em 20015 haverá cerca de 60 novas megacidades onde habitarão mais de 600 milhões de pessoas.
A dimensão destas megacidades proporciona a criação de novas dinâmicas, nova complexidade e novos fenómenos e processos – físicos, sociais e económicos. São palco de intensas e complexas interacções entre diferentes processos sociais, políticos, económicos e ecológicos.
Nas megacidades existem com frequência grupos de diferentes etnias, comunidades e estratos sociais com diferentes raízes culturais e estilos de vida. Esta situação leva a uma expansão urbana descontrolada o que origina grandes volumes de tráfego, elevadas concentrações industriais e sobrecargas ambientais. Pode levar à inflacção do mercado imobiliário, pode originar um deficiente planeamento habitacional e em alguns casos dar origem a situações extremas de pobreza e riqueza convivendo lado a lado causando distúrbios e tensões sociais.
As megacidades são igualmente um foco de risco global. A densidade populacional aumenta o risco de fenómenos físicos, com potencial destrutivo, naturais ou causados pelo homem. Assim, as megacidades expostas ao ambiente global e às mudanças socio-económicas e políticas, agravam o risco que recai sobre elas.
Em muitas megacidades, a participação pública deficiente, retrai a gestão do território, a regulamentação e gestão da edificação, os serviços básicos – como o abastecimento de água, rede de esgotos e a distribuição energética – e o estabelecimento da ordem – segurança e prevenção de desastres –.

Qualidade de Vida
A qualidade de vida depende das percepções individuais, das atitudes, aspirações e sistemas de valores. Estes aspectos variam com a idade, a etnia, a cultura e a religião, assim como estilos de vida, educação e o passado cultural.
Para muitos residentes das megacidades, a qualidade de vida é habitualmente reduzida, sejam eles ricos ou pobres. A poluição do ar, da água e dos solos, as deficientes nos abastecimentos de água e de energia, o congestionamento do tráfego, os problemas de saúde ambiental, a insuficiência de espaços verdes, a pobreza e a má nutrição, a segurança social e os problemas de segurança pública e social, trazem muitas preocupações e colocam muitas restrições às populações.

Megacidades Sustentáveis
As megacidades carecem de recursos naturais e humanos para a energia, indústria, construção, infra-estruturas e manutenção, em tal quantidade que acabam por gerar elevados impactos locais e globais que devem ser cuidadosamente estudados, controlados de modo a reduzi-los.
O aumento de população nas megacidades ao encontro de melhores empregos, leva a que estas se dispersem. Esta dispersão acentuada pelas megacidades faz com que áreas de condições menos favoráveis, mais sujeitas a fenómenos físicos naturais, sejam invadidas frequentemente. Estas áreas ficam sujeitas a inundações e até mesmo deslizamentos de terrenos. Isto faz com que tanto o investimento inicial como a manutenção a longo prazo sejam mais dispendiosos. Os efeitos de mudanças ambientes e socio-económicas mundiais podem agravar os riscos e prejudicar a qualidade de vida de muitas pessoas.
O progresso económico traz prosperidade individual e social e bem-estar material. Contudo em momentos economicamente menos favoráveis, as consequências a nível do desemprego, da perda de coesão social, do colapso da segurança social e do desleixo ambiental, podem ser dramáticas para os grandes aglomerados populacionais.
Numa megacidade, as autoridades devem controlar a construção urbana e a ocupação do solo no sentido de minimizar os efeitos ambientais negativos, quer para a própria cidade quer para o espaço geográfico que dela depende. Para isso é preciso uma maior e melhor gestão dos recursos, do tráfego e dos resíduos, recuperando o investimento realizado, reciclando o lixo e outras matérias em geral, e na medida do possível, reduzindo os riscos para a saúde.

A Invasão do Espaço
Muitas megacidades atingiram já os seus limites físicos e de administração e em muitas outras isso ocorrerá num curto espaço de tempo. Quando isso acontece, os preços dos terrenos tornam-se competitivos, levando à exploração do uso do solo com a construção de edifícios em altura e a exploração de áreas subterrâneas.
O desenvolvimento à superfície necessita de fundações seguras. A concentração de infr-estruturas e actividades pode reduzir a qualidade de vida e essas áreas podem tornar-se mais vulneráveis aos fenómenos físicos. Na superfície, algumas dessas infr-estruturas e empreendimentos, associados à degradação ambiental e outras actividades, podem ser construídas em profundidade, melhorando-se a qualidade d3e uma vida ao nível da superfície, o que pode ocasionar também um ambiente mais seguro para algumas actividades públicas e comerciais, assim como, fornecem abrigo face às intempéries. Mas, esses empreendimentos podem afectar o equilíbrio natural nos sistemas subterrâneos, levando a catástrofes que podem comprometer o desenvolvimento no futuro. O planeamento pode ser melhorado através de um estudo tridimensional das áreas superficiais e subterrâneas, incluindo os seus recursos e perigos, recorrendo a técnicas modernas de simulação.

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Pesquisa: Texto publicado no blog – “nosnaserradalua”

terça-feira, maio 06, 2008

PECADOS MORTAIS


Gula, Luxúria, Ganância, Preguiça, Vaidade, Inveja, Ira. Se pensarmos bem, estão interligados. A vontade do ser humano enriquecer (luxúria), tornou-o guloso e ganancioso. E para isso aproveitou-se da riqueza da Terra e não olhou a meios para conseguir o que queria. Foi destruindo aos poucos o ambiente terrestre e a atmosfera. Tornou-se vaidoso com todo o seu “poder” e toda a “sua” riqueza.
Todo esse bem-estar conseguido à custa da destruição do Planeta, causou a inveja e a ira entre os povos, levando-o à sua própria destruição através das guerras sucessivas entre eles. E com elas, continuam a destruir o Planeta com os gases lançados pelas bombas e armas. Se olharmos para os novos sete pecados, há pelo menos quatro que se relacionam com o tema. Pois o Homem continua a procurar riqueza sem limites, poluindo a Terra, embora comece a consciencializar-se do problema que se avizinha e causando – com a sua riqueza – a injustiça social com o aumento da pobreza.


Elaborado por: Margarida Rosa Morais – 2008-04-30

ENERGIA NO AMBIENTE DOMÉSTICO


Que soluções encontraram para melhorar a separação dos lixos em casa?
As minhas filhas (de 25 e 21 anos) são raparigas muito viradas para o ecossistema, já desde muito pequenas. Por isso elas mesmo faziam “embrulhos” de papel que já não fosse preciso, como jornais e folhas de cadernos. Juntavam tudo e depois amarravam com um fio para levar para o ecoponto. Hoje tenho um ecoponto oferecido pela Junta de Freguesia, onde vamos pondo o que é para reciclar.

De que forma essa separação melhora o tratamento inicial e final dos lixos?
Penso que de uma forma mais limpa. Antigamente ia tudo para o contentor onde se misturava com o outro tipo de lixo. Com o novo sistema, mesmo que se misture no carro que faz a recolha, já não vai lixo indesejado.

O que pensam de campanhas como esta, em função dos objectivos que se pretendem?
Penso que deveria haver ainda mais campanhas e uma maior distribuição de ecopontos por parte das Câmaras nas ruas e bairros, como por parte das Juntas de Freguesia nas casas. Posso dizer que em Lisboa, mais propriamente em Campolide (bairro de vivendas), a Câmara distribuiu para cada vivenda 3 ecopontos do género dos caixotes de lixo com rodas, e quando estão para levantar, põem um aviso nas caixas de correio dizendo em que dia vão buscar cada um dos ecopontos. Na minha opinião, isso é que é sensibilizar a população. Incentivam a separar os lixos.


Elaborado por Margarida Rosa Morais – 2008-04-28

Energias Verdes - Comentário

O Lado Negro das Energias Verdes


Estes documentos praticamente só nos mostram o lado negro das energias e o lado negativo vistos pelos “especialistas”. A pensar assim, o melhor é não fazer nada e deixar que o homem continue a destruir o Planeta que lhe tem servido de abrigo. É o mesmo que dizer: “para que é que vou limpar a casa e pintar as paredes se daqui a um ano vou fazer o mesmo! O melhor é deixar estar como está, não me canso e não gasto dinheiro em tintas”.
Pondo de parte os biocombustíveis que são produzidos através dos cereais e outros produtos que fazem falta para a alimentação, e tendo em conta que para se produzir quantidades grandes desses mesmos produtos agravar-se-á o problema da fome e por-se-á em risco a florestação, vou falar sobre as energias solar e eólica.
Não sou especialista em sondagens, mas segundo o documento, em 2004 estas duas fontes de energia asseguravam 13% das necessidades de energia mundiais, o que, segundo “especialistas”, não sofrerá grandes alterações pelo que prevêem para 2030 um valor não ultrapassável a 16%. Sem querer fazer muitos cálculos, se em 14 anos (1990 a 2004) estas energias asseguravam 13%, como será possível em 26 anos (2004 a 2030) fornecerem apenas mais 3%!? Alguma coisa está errada e nesse caso há que fazer alguma coisa para aumentar o fornecimento da energia necessária, se quiserem assegurar minimamente o futuro deste Planeta.


Elaborado por Margarida Rosa Morais – 2008-04-16

Energia das Marés - Comentário


Portugal teve o seu auge no período dos descobrimentos. Apesar de ser um país pequeno, conseguiu aproveitar as riquezas proporcionadas pelas ex-colónias, apresentando, na actualidade, sérias dificuldades colmatadas pela U.E.. Neste contexto, tem que se esforçar um bocado para mostrar que é capaz de fazer alguma coisa pela Sustentabilidade do Ambiente.
A energia das marés é retirada do movimento oscilatório das ondas. Isso é conseguido ,criando câmaras ou colunas em zonas costeiras. Essas câmaras estão, parcialmente, cheias de água, e têm um canal aberto para o exterior por entra e sai o ar. Quando a onda se aproxima, a água que está dentro da câmara sobe, empurrando o ar para fora, através do canal. Quando a onda desce, dá-se o movimento contrário. No canal de comunicação de entrada e saída do ar existe uma turbina que se move, consoante o movimento do ar na câmara. Tal como nos outros casos, a turbina está ligada ao gerador eléctrico, produzindo electricidade.
Segundo o texto, ao largo de Viana do Castelo existe uma barragem que aproveita a energia das marés. Mas será que Portugal algum dia irá usufruir dessa energia oferecida por esse majestoso poder que é o Mar? É preciso ver que as ondas grandes só existem pela força do vento! Assim sendo, porque não aproveitar antes de mais nada essa poderosa força que é o vento? Para além de ser menos perigosa a construção da central por ser em terra, julgo que também é mais barata. Para além disso, com o mar a avançar cada vez mais para terra, quem nos garante que será uma construção duradoura!?


Elaborado por: Margarida Rosa Morais – 2008-04-16

CARVÃO,PETRÓLEO E GÁS NATURAL


São combustíveis fósseis produzidos por restos de plantas, animais enterrados no subsolo durante milhões de anos. Quando queimados, libertam a energia retida, sob a forma de calor.
O Carvão pode ser extraído a “céu aberto” ou por meio de túneis subterrâneos. A extracção a céu aberto agride directamente a paisagem, deixando enorme superfície em contacto com os agentes meteóricos que, alterando a parte superficial, podem arrastar substâncias poluentes que contaminam as águas subterrâneas e os solos. Há países que, para evitar que tais casos aconteçam, têm legislação que obriga as empresas que fazem a extracção, a recompor os solos.
Dos vários tipos de Carvão, podemos destacar aqueles que foram mais extraídos em Portugal. Lenhito nas zonas de Rio Maior, Leiria, Porto de Mós e Cabo Mondego. O Lenhito tem uma percentagem de Carbono entre 70 a 75%; é um combustível economicamente pobre por conter muita água. O seu baixo valor não pagava o transporte. Actualmente as minas estão encerradas. A Hulha, carvão à base de detritos vegetais, com uma percentagem de Carbono entre 85 a 90%. É um carvão de chama rápida, fazendo menos fumo que o Lenhito. Economicamente é um combustível de mais interesse pelo seu elevado poder calorífico. Em Portugal foi explorado em Santa Susana – Grândola, cujas reservas estão esgotadas. O Antracito, carvão compacto, com uma percentagem entre 92 a 95% de Carbono. É um carvão pobre, que arde com dificuldade, praticamente sem chama e sem fumos. Foi explorado na mina de S. Pedro da Cova e na mina do Pejão cujas reservas se encontram esgotadas.
Em termos ecológicos, este recurso energético trouxe sérias consequências pela sua extracção, estragando o ambiente paisagístico e pelo aumento de Dióxido de Carbono e gás com efeito de estufa causados pelos seus fumos.
O Petróleo e o Gás Natural encontram-se em meios semelhantes e ocorrem praticamente em conjunto. O Petróleo é uma rocha líquida. Daí o seu verdadeiro significado ser óleo de pedra. É o resultado da lenta degradação de organismos aquáticos, vegetais e animais há milhões de anos e que se encontram na rocha-mãe.
A sua exploração foi iniciada pelo norte-americano Drake no ano de 1859, que “encontrou um abundante jazigo de Petróleo em Tutsville – Pensilvânia, ao realizar uma sondagem de 22 metros, e comprovar que o Petróleo aflorava violentamente sob a forma de borbulhões, inundando a superfície terrestre”. Foi a partir daí que se desencadeou uma desenfreada caça ao Petróleo, o mesmo acontecendo com a simultânea descoberta do Gás Natural.
Essa exploração tanto pode ser feita em terra como o Carvão, mas também no mar. a exploração do Petróleo é feita através de um sistema de perfuração (Rotary) tanto no mar como em terra. Sendo que no mar esse sistema encontra-se em plataformas semiflutuantes que estão a ser usadas em águas cada vez mais profundas. É a partir deste Petróleo bruto que deriva o Gasóleo e a Gasolina, combustíveis tão usados nos transportes.
Em termos ambientais, são os acidentes nas plataformas, encalhe de petroleiros que causam marés negras matando espécies de peixes e aves, enquanto os incêndios nos reservatórios aumentam a taxa de Dióxido de Carbono na atmosfera e os acidentes no decurso do transporte por terra provocam graves danos locais.
O Gás Natural, tal como o Carvão e o Petróleo, forma-se a partir da decomposição de organismos que viveram há milhões de anos, apesar de a constituição do Gás ser constituído por metano. Sendo um combustível fóssil, as suas reservas totais são limitadas.
O ditado diz “onde há fumo há fumo”, neste caso, onde há Petróleo há Gás Natural que são extraídos da mesma maneira.
Em 1946, acabada a Segunda Guerra Mundial, várias companhias norte-americanas começaram a exploração do Petróleo e do Gás Natural dos jazigos existentes frente às costas do Golfo do México. Mais de 20.000 sondagens foram realizadas a partir d’aquela data, extraindo-se cerca da 13.000 milhões de metros cúbicos de Gás Natural. Uma quarta parte, aproximadamente, do Petróleo consumido, nos anos 90, no Mundo e uma quinta parte do Gás Natural, procediam desses campos de exploração submarina.
O Gás Natural é geralmente a última etapa da evolução do Petróleo, quando as rochas ricas em hidrocarbonetos se situam cada vez a maior profundidade (4.000 a 5.000). No entanto, certos jazigos poderiam ter como origem, depósitos de Carvão, como seria o caso do Gás de Groninga, nos Países Baixos, proveniente de formações hulheiras.
É principalmente utilizado como combustível. Constituído por metano quase puro, tem um poder calorífico de cerca de 40 MJ/m3 (1.000 m3 de Gás Natural = 1 L de Petróleo). Pode ser consumido e transportado por canalizações subterrâneas (gasodutos) sem receio de condensação.
Nos anos 90, a produção de Gás Natural satisfazia 22% das necessidades energéticas mundiais.
Embora os EUA tenham sido pioneiros, a Rússia e os Países Árabes são os maiores exportadores de Gás Natural.




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Pesquisa: Livro de Geologia do 12.º ano
Ciência e Técnica da Lexicoteca
Enciclopédia Larousse


Elaborado por Margarida Rosa Morais – 2008-04-10

ENERGIA EÓLICA

Eólico vem da palavra grega Éolo, que significa Senhor dos Ventos.
A força do vento deu origem à energia. Essa energia tem sido aproveitada desde a antiguidade para fazer mover os barcos à vela e as mós dos moinhos através das suas pás.
Por volta dos anos 90, cerca de 2% da energia solar recebida pela Terra, eram convertidos em energia cinética dos ventos. Isso correspondia a uma quantidade de energia próxima de 30 milhões de TWh por ano. Embora apenas 10% desta energia estivesses disponível perto do solo, o potencial era considerável.
As zonas mais favoráveis à implantação de motores eólicos são as regiões costeiras altas e as estepes, onde os ventos sopram com regularidade.
Há duas categorias de motores eólicos: os de eixo horizontal e os de eixo vertical. Os mais utilizados são os de eixo horizontal. O seu eixo permanece paralelo à direcção do vento. Os mais pequenos, com uma potência de 0,5 a 50 KW, estão frequentemente equipamentos com grande número de pás. Os ventos fracos são suficientes para os fazer funcionar. Os maiores, com uma hélice com duas ou três pás e uma potência entre 100KW e alguns MW, só funcionam bem com ventos médios ou fortes. A fadiga mecânica dos elementos estruturais pode provocar rupturas nas pás.
Os motores de eixo vertical e pás rectilíneas ou recortadas, têm um funcionamento mais simples, pois não exigem uma orientação contínua do seu eixo. Porém, o seu rendimento é, em geral, menos elevado do que o dos de eixo horizontal.
Portugal, que já vem utilizando esta energia desde 2006, já alcançou a meta europeia de consumo de electricidade produzida com fontes de energias limpas. Segundo um ambientalista, “deverá, no próximo ano, começar a funcionar um complexo de 19 fábricas, com sede em Viana do Castelo, que produzirá equipamentos eólicos para os mercados interno e externo.
Assim sendo, Portugal vai pelo bom caminho. Seria bom que se voltasse também ao velho costume, que se perdeu um bocado, de ir ao moinho tradicional, onde a mó é movida pelo vento ou pela força da água.

Pesquisa: Enciclopédia Larousse
Notícia de recorte do Jornal “A Dica”


Elaborado por: Margarida Rosa Morais – 2008-04-10