sábado, junho 28, 2008

ANGINA DE PEITO = ANGOR PECTORIS


A angina de peito (angor pectoris) é uma dor (desconforto) no peito devida ao baixo fornecimento de oxigénio (isquemia) ao músculo cardíaco. Geralmente é devida à obstrução ou espasmos (contracções involuntárias de um músculo, grupo de músculos ou órgão) das artérias coronárias (vasos sanguíneos do coração).

As doenças nas artérias coronárias, principal causa da angina, são devidas a arteriosclerose nas artérias cardíacas (coronárias). O termo deriva do gregoankhon” (estrangular) e do latimpectus” (peito), e pode portanto, ser traduzido como “um estrangulamento do peito”.

Ataques de angina que pioram, que ocorrem durante o descanso e que duram mais de 15 minutos, podem ser sintomas de angina estável ou mesmo de um enfarto do miocárdio (popularmente conhecido por ataque cardíaco).

Sintomas

A maioria dos pacientes com angina de peito, queixam-se de desconforto no peito e não dor; o desconforto é habitualmente descrito como pressão, peso, aperto, ardor, ou sensação de choque. A dor pode ser localizada principalmente no centro do peito, costas, pescoço, queixo ou ombros.

A irradiação da dor ocorre, tipicamente, para os braços (esquerdo), ombros e pescoço. A angina é normalmente activada por excesso de stress emocional, esforço físico, depois de uma refeição farta, e temperaturas frias. A dor pode ser acompanhada por suores e náuseas em alguns casos. Normalmente dura 1 a 5 minutos, e é acalmada pelo descanso ou medicação específica.

Os factores de risco incluem o histórico familiar de doenças cardíacas prematuras, tabagismo. Diabetes, colesterol alto. Hipertensão, obesidade, sedentarismo.

Diagnóstico

Em pacientes com angina ocasional que não têm dores no peito, um electrocardiograma é tipicamente normal, a não ser que existam problemas cardíacos no passado. Durante a dor podem ser observadas modificações do electrocardiograma. Para detectar estas variações, podem ser feitos electrocardiogramas enquanto o paciente corre numa esteira (teste ergométrico). Em casos específicos, é necessário a realização de angiografia: cateterismo cardíaco, exame que confirma a natureza da lesão cardíaca, e se o doente é candidato a uma angioplastia, um bypass das artérias coronárias (cirurgia de revascularização do miocárdio ou “ponte de safena” ou outero tratamento.

Classificação

Angina estável:

§ Dor em queimação ou constrição

§ Dor induzida por esforço ou stress emocional

§ Dor de duração inferior a 20 minutos

§ Dor que remite com o repouso ou o uso de nitratos

§ Equivalentes anginosos: cansaço, dispnéia


Angina instável:

§ Dor de duração superior a 20 minutos

§ Dor que não remite com o uso de nitratos

§ Dor de surgimento recente (inferior a quatro semanas)

§ Dor com padrão crescente (marcadamente mais intensa, prolongada ou frequente que anteriormente)

§ Mudança das características da angina em paciente com angina estável.


Tratamento

O objectivo principal do tratamento de angina, é aliviar os sintomas, diminuir a progressão da doença, e reduzir ocorrências futuras, especialmente ataques cardíacos. Foi demonstrado que uma Aspirina (85 a 300mg) por dia é benéfica para todos os pacientes com angina estável, que não têm problemas com o seu uso.

Identificar e tratar factores de risco de doenças cardíacas é uma prioridade em pacientes com angina. Isto significa parar de fumar, perder peso (em caso de obesidade ou excesso de peso) e fazer testes ao colesterol alto, diabetes e pressão alta.

Pesquisa: pt.wikipedia.org/wiki/Angina