sábado, fevereiro 28, 2009

Cidade de Deus









Desenvolva a seguinte reflexão sobre:

Ligação pobreza/crime (inevitabilidade ou não) a partir dos cursos de vida das duas personagens do filme: Buscapé e Dadinho.

MR.: Este filme mostra a realidade, ou um pouco da realidade, das favelas no Brasil. Na minha opinião é este tipo de filmes que fazem com que em Portugal se comecem a formar também gangs bairristas, só faltando os chamados “vigias” anunciando a chegada de alguém que não pertence ao bairro, se é que não existe já!

Mostra uma realidade de pobreza que muitas vezes está aliada ao crime e droga. A falta de condições sanitárias e infra-estruturas no bairro, longe de tudo, sem sequer um transporte público, uma escola, um posto de saúde. Na realidade sem nada, apenas um amontoado de casas sem as mínimas condições.

Falando das personagens Buscapé e Dadinho amigos de infância mas que tomam, mais tarde, rumos diferentes.

Buscapé: rapaz pobre, sensível, que cresceu num ambiente bastante violento, mas com um objectivo na vida: ser fotógrafo. Para alimentar esse sonho, continuou a estudar, arranjou um emprego, sem que nunca tivesse deixado de viver no bairro onde sempre viveu, lutando sempre para que não caísse no mundo do crime. Foi graças a uma máquina oferecida por Bené, sócio de Dadinho, que ele concretiza esse sonho, começando por fotografar precisamente o gang de Dadinho, mais tarde “Zé Pequeno”.

Dadinho: rapaz igualmente pobre, mas com objectivos totalmente diferentes. Seguindo o exemplo do gang “Trio Ternura”, rapidamente se tornou líder de um gang, optando pelo mundo do tráfego de droga. Com a força das armas, tomou num só dia o controlo de todos os postos de venda de droga daquele bairro tornando-se num bandido temido, mas respeitado pelos habitantes do bairro pela segurança que ele oferecia. Protegido por um exército de crianças e adolescentes, e com um arsenal de armas à disposição, não permitia (que) roubos dentro da favela.

Duas personagens pobres, que cresceram no mesmo bairro, ambos com sonhos, mas cada um com o seu objectivo: um enveredou pelo mundo do crime, o outro optou por uma profissão que lhe desse dinheiro honesto. Isto prova que nem sempre o crime, aliado à pobreza, é inevitável. Pode-se sempre levar uma honesta, íntegra, mesmo sendo pobre e muitas vezes com um pouco de luta consegue-se ter um futuro promissor.

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